Fonte: Boxing Magazine
Autor: Michel Alvarenga
Publicado: 11 de julho de 2012, às
Paraty - Rio de Janeiro
Twitter Oficial: http://twitter.com/boxingmagazine
Facebook Oficial: http://facebook.com/boxingmagazine
O que se esperar nos Pesos Pesados?
É uma pergunta um tanto quanto sugestiva! O que se esperar de uma categoria que aponta um sério declínio desde de 2005 pra cá? Como criar expectativas de grandes combates, se não conseguimos, nem de longe, enxergar alguém fazendo frente aos atuais campeões mundias, Vitali e Wladimir Klitschko; este último, multi-campeão? Seria hora de repensar a categoria? Seria momento de pararmos para analisar o que está saindo de errado, para não termos mais uma boa safra de pugilistas na categoria máxima do boxe mundial? O que está acontecendo com os Pesos Pesados? Será que isso se deve ao fato dos norte-americanos não formarem mais medalhões, como fez com seu último, Evander Holyfield, que está prestes a pendurar as luvas e se retirar dos ringues, aos 50 anos, mesmo estando em grande forma, diga-se de passagem? Será que os Europeus estão investindo mais em treinamentos e pesquisas, formando assim máquinas de boxear, como alguns insistem em dizer que Wladimir Klitschko é? É uma pergunta difícil de responder, queridos leitores! Como amante da nobre arte, tendo um apreço maior pelos Pesos Pesados, me sinto muito constrangido ao digitar cada uma das palavras deste texto. Não deveria ser assim, mais infelizmente as coisas nem sempre saem conforme esperamos. Diferentemente dos anos 80 e 90, quando tínhamos grandes nomes, como Tyson, Holyfield, Bowe, Golota, Moore, Lewis e tantos outros, atualmente a categoria se resume a dois grandes nomes; Vitali e Wladimir Klitschko, dois pugilistas de origem ucraniana, europeus, dominando a categoria, mais necessariamente de 4 anos pra cá. Eles de fato são bons, para permanecerem no topo, ou só estão nele, porque parece não haver ninguém competente para tirá-los de lá? Não tenho nada contra os Klitschko, que isso fique claro. Embora não seja meu estilo preferido de boxe, eles estão onde lutaram para estar; eles não tem culpa de encontrarem pugilistas a altura de seus talentos. Estão fazendo sua história e isso deve ser respeitado, goste eu ou não. Entretanto, é fato que entre os Pesos Pesados não parece haver ninguém com habilidades suficientes para tirá-los do topo da categoria. As minhas esperanças estavam voltadas para David Haye, porém o britânico se preocupa mais em falar que boxear; seu compatriota, Derek Chisora, ao invés de mostrar respeito ao seu oponente, ainda desfere-lhe um tabefe na face, comprometendo ainda mais a credibilidade da divisão, que já não anda lá essas coisas há muito tempo. Vitali é o mais fraco dos Klitschko. Wladimir é mais duro, imponente, contundente, ágil e bom golpeador. Prevalecendo-se da altura e alcance, medidos por seu vasta envergadura, não proporcionam qualquer chance a seus adversários, mesmo que eles tenham o mesmo poder de alcance. Muitos neste momento, enquanto leem essa matéria, devem estar achando que eu estou exagerando ao dizer tais palavras. Alguns ainda acreditam que alguns dos pugilistas que por aí estão, tem condições de fazer frente a Wladimir Klitschko... Balela! Ninguém nos Pesos Pesados, tem condições suficientes de derrotar Wladimir; não neste momento. Sejamos sinceros e verdadeiros, sem tapar sol com peneira. Wladimir é o melhor da categoria e não é atoa que detém 4 cinturões mundias, dentre os 4, 3 pertencem a grandes entidades. Os irmãos estão contribuindo bastante para que os Pesos Pesados sejam vistos com outros olhos pelos europeus. Com promoção de grandes combates, ao menos na teoria, Vitali e Wladimir, que comandam suas próprias carreiras e organizam suas próprias lutas, mantém a tradição da divisão, tirando o foco dos pugilistas norte-americanos, que nem de longe se aproximam da qualidade nos ucranianos encontradas, amenizando o que a crítica especializada faz de melhor; cobrar novos talentos. É o que eu e mais da metade da torcida do Flamengo quer. Será que ninguém se mexe ou resolve mudar, entrando no boxe não apenas por dinheiro, mais por paixão ao esporte. Talvez esteja até um pouco ranzinza, com os meus 27 anos, mais quem já provou de combates emocionantes como foi o de Tyson com Holyfield; Holyfield com Bowe; Lewis contra Holyfield; Bowe contra Golota; um pouco anteriormente, Muhammad Ali contra George Foreman; Muhammad Ali contra Joe Frazier, não consegue se contentar com o que vê atualmente. É momento de rever os conceitos; analisar novas filosofias de trabalho; aderir um pouco ao que a ciência pode proporcionar aos atletas, atualmente. Pode-se usar um pouco do passado para mudar o presente. Acredito que seja momento dos novos valores, voltarem seus olhares para os medalhões que o boxe já revelou. É hora dos treinadores começarem a pegar alguns vídeos de Tyson, Ali, Foreman, Frazier, Rocky Marciano, Archire Moore, Joe Louis, Sonny Liston e mostrar para esses valores, pra ver se conseguem motivá-los a serem alguém dentro do esporte. Se existe alguém com capacidade de
Nenhum comentário:
Postar um comentário