CAPÍTULO 1
A TÉCNICA É MAIS FORTE QUE A FORÇA
A partir de hoje estaremos postando no blog página a página, o livro: Boxe - Mitos e Histórias (de Henrique Mattucci).
A primeira data conhecida do boxe brasileiro: 16 de março de 1913.
Um ex-peso-pena francês, que trocara o ringue pela ribalta - e cujo o nome, infelizmente, perdeu-se na cauda do tempo - chegou a São Paulo com a companhia de ópera do célebre mestre italiano Tita Ruffo. Então, pouquíssimo se sabia de boxe no Brasil. Podem ser contados nos dedos os homes que já haviam lido algumas linhas sobre a nobre arte dos ingleses, ou mesmo sobre as lutas sem limite de tempo realizadas nos Estados Unidos da América. A bem da verdade, quase todas as modalidades esportivas já populares no Velho Mundo eram ignoradas por estas bandas. Apenas alguns estrangeiros as conheciam, ou uns poucos brasileiros mais esclarecidos e viajados que se dedicavam à ginástica, à natação ou às corridas, assim mesmo com diletantes, sem a menor preocupação com competições. Entre estes, destacava-se um jovem engenheiro paulistano, o doutor Luís Araripe Sucupira, conhecido como "Apolo Brasileiro" em razão do seu exuberante físico.
Naquela manhã de 16 de março, fim do verão de 1913, todos os integrantes do elenco de Tita Ruffo roam levados a visitar o Campo da Floresta, na Ponte Grande (onde se localiza hoje a sede do Clube de Regatas Tietê), o mais importante parque esportivo de São Paulo na época. Sucupira fazia ginástica ali todas as manhãs e foi logo notado pelos visitantes, mesmo porque ele fazia de tudo para exibir às belas atrizes estrangeiras o seu visual de estátua grega. Suas exibições de ginástica e controle muscular provocaram aplausos e ele teria saído dali como um herói se aquele francezinho meio magro e de pouco estatura não o tivesse desafiado para uma luta de boxe, com luvas, naturalmente.
Autor: Henrique Mattucci - Boxe (mitos e histórias)
Esta é a primeira página do livro. Logo estarei postando a outra e assim por diante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário