sexta-feira, 30 de abril de 2010

AS FERAS DO PASSADO

FONTE: BOXING MAGAZINE
AUTOR: MICHEL ALVARENGA

AS FERAS DO PASSADO

Ao olhar para trás dá um certo sentimento de nostalgia. Quantos pelo mundo não vibraram ao ver Muhammad Ali nocautear George Foreman, Foreman nocautear Fraizer, Fraizer derrubar Ali, em pleno o Madison Square Gardem, faltando apenas um round para acabar a luta, com ligeira vantagem para Ali, que ganhava por pontos, segundo alguns dos juizes presentes.
O que falar de Joe Louis, Rock Marciano, Éder Jofre, Maguila, Pópó, Jack Dempsey e tantos outros. O boxe naquela época, não era apenas uma modalidade de esporte que rendia milhões, mas, regia a moral de muitos de seus participantes.
Tyson, Holyfield e outros também fizeram parte da era de ouro desse esporte majestoso. Mas o que o futuro nos reserva? Será que teremos outros, que poderão substituir a altura os que já se aposentaram, e até mesmo os que já se foram; caso de Rock Marciano, Jack Dempsey e tantos outros? No mundo em que vivemos, onde tudo gira em torno de dinheiro, uma sociedade materialista, capitalista, acho improvável. Não impossível, mas improvável.
Hoje nos deparamos com alguns molóides que não prezam pela nobre arte, e nem por suas próprias carreiras. Os fãs já não sabem para quem torcer. No Brasil temos campeões consagrados e inconstestáveis. George Arias é o peso-pesado em evidência e devemos aplaudí-lo por isso. Sinto que um ciclo será fechado após a aposentadoria de Evander Holyfield. Lennox Lewis não esperou tanto e parou. Já Holyfield vem tentando manter a integridade de lutar por paixão, gosto e paixão. Minha pergunta é clássica: "Será que após sua aposentadoria veremos outro americano se levantar para reinar soberano no mundo do boxe? Será que veremos novamente um carrasco (no bom sentido, é claro), no quadrilátero novamente, como foi o caso dos áureos anos de Mike Tyson?" Quem nunca vibrou com seus nocautes. Lembro que em minha infância só se falava nele. É bem verdade que não o admirava pelo que fazia fora dos ringues, nosso fascínio por ele, estava restrito a todas as vezes que entrava dentro do ringue e fazia o que mais sabia fazer, bater. Era como se o nosso ser interior golpeasse junto com Tyson, quem nos deixava nervoso.
Quem hoje se equivale a algum desses que acabei de citar em: técnica, velocidade, desempenho físico e tantas outras performances?
Fica aqui meu tributo a todos eles. Sinto saudades de ver lutas de verdade; onde o dinheiro, a fama e o sucesso financeiro, fique do ringue para fora, e dentro dele, esteja o verdadeiro sentimento que faz um pugilista ser campeão, A PAIXÃO PELO BOXE.

Autor: Michel Alvarenga
Fonte: Boxing Magazine - O Magazine do Boxe
30/04/2010 - 14hs e 43 minutos

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