quarta-feira, 16 de maio de 2012

A imagem da decadência nos pesos pesados

Fonte: Boxing Magazine
Autor: Michel Alvarenga
Publicado: 16 de maio de 2012, às 9h e 55 minutos.


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Decadência nos pesos pesados deve-se ao fato de haver grandes pugilistas em menores categorias ou não ter boxeadores capazes como nos anos 60, 70, 80 e 90?

A imagem da decadência
Há alguns anos venho percebendo o declínio que a principal categoria da nobre arte vem sofrendo. Os pesos pesados não é mais, nem de longe, a categoria que já trouxe alegria, lutas épicas, revelando pugilistas lendários, fazendo com que seu maior nome, Muhammad Ali, fosse eternizado como atleta do século passado. O que se vê hoje é muito diferente dos áureos anos em que os pesos pesados era a principal categoria do boxe profissional. Monstros como George Foreman; bailarinos como Muhammad Ali; guerreiros incansáveis como Joe Frazier; máquinas de lutas como Mike Tyson; força e movimentação como se via em Evander Holyfield; potência e eficiência que se via em Larry Holmes; coração e determinação como era evidente em Ken Norton; o que aconteceu com os pesos pesados? Será que a categoria está prestes a desaparecer do boxe profissional? Ao que se deve tanto declínio: a categoria que não revela mais grandes talentos como outrora, ou as menores divisões, que fizeram ao longo dos últimos anos, do boxe, que até então era visados pelos brutamontes de 90, 100, 110 quilos, tornar-se um esporte dos mais "frágeis", franzinos e competitivos pugilistas? Sugar Ray Leonard, Roberto Duran, Thomas Hearns, Marvin Hagler; esses pugilistas trouxeram vida há uma parte do boxe profissional que até os anos 90 foi ofuscada pelos pesos pesados. Em minha opinião, acredito que o declínio dentro dos pesos pesados é latente. Atualmente, a categoria que é dominada por europeus, ucranianos, Wladimir e Vitali Klitschko, atuais donos dos 4 principais cinturões, das mais respeitadas entidades do boxe mundial. É óbvio que "em terra de cego quem tem olho é rei!" Reconheço as habilidades de Vitali e Wladimir, porém, é inegável que só se tornaram grandes campeões, após último grande nome dos pesos pesados se aposentar, Lennox Lewis, que diga-se de passagem, é britânico, não americano. As categorias de menor pesos, por exemplo, os médios, super-médios e etc, já ganharam espaço suficiente para ofuscar os pesos pesados, ou seria, manter a tradição da nobre arte viva, quando em sua maior categoria não se vê ninguém com chances de ser um grande ídolo mundial?! Floyd Mayweather Jr. é o maior nome do boxe norte-americano. Ele mantém acesa a chama dos americanos voltarem a reinar dentro do pugilismo. Floyd espera o filipino Manny Pacquiao, para juntos fazerem a luta do século XXI. Quando isso seria possível nos anos 60, 70, 80 e 90, onde os pesos pesados figuravam como grandes estrelas mundiais, deixando o talento das categorias de menor peso ofuscadas pelo brilho dos grandes campeões pesos pesados? Nunca, a não ser que a categoria máxima do boxe não fizesse grandes campeões; daqueles que influenciam toda uma geração; foi o que aconteceu. Depois de Mike Tyson e Evander Holyfield, os norte-americanos não tem mais ídolos mundiais dentro dos pesos pesados. Alguns podem até contestar minhas afirmações em relação ao brilho dos grandes campeões pesos pesados ter ofuscado durante quase 50 anos ininterruptos o brilho de outras categorias dentro do boxe, mas continuo mantenho minha opinião, à menos que alguém me convença que a alguma luta das categorias menores antes dos anos 90, conseguiria fazer frente a Muhammad Ali Vs George Foreman; Muhammad Ali Vs Ken Norton; Joe Frazier Vs Muhammad Ali 1; Rocky Marciano Vs Joe Louis; James Braddock Vs Max Bear; Muhammad Ali Vs Joe Frazier 3 e tantas outras. A carência nos pesos pesados fez as categorias menores se sobressair, além dos grandes pugilistas que temos lutando dentro delas. O talento deles é inegável; diria até inquestionável, em alguns casos. Atualmente, as lutas que mais vendem em pay-per-view são das divisões de menor peso. Por exemplo, Floyd Mayweather Jr. Vs Miguel Cotto vendeu tantos pay-per-views que estão pensando em realizar uma revanche entre os pugilistas para capitalizarem ainda mais. É louvável ver o boxe crescendo fora dos pesos pesados, mais é triste ver uma grande categoria, que rendeu os melhores pugilistas que o mundo já viu em ação, em um declínio tão grande, que se esse é o fundo do poço, então será preciso cavar ainda mais, porque as coisas estão feias. Dê sua opinião! Acesse o nosso twitter: http://twitter.com/boxingmagazine e mande sua mensagem. Ou, clique em "Comentários", logo abaixo da postagem e deixe sua opinião.


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Michel Alvarenga

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