Fonte: Boxing Magazine
Autor: Michel Alvarenga
Publicado: 02 de agosto, às 14h e 30 minutos
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DE QUEM É A CULPA?
A imagem do boxe brasileiro
De quem é a culpa do nosso boxe ir tão mal? É da mídia ou dos pugilistas? É uma pergunta pertinente, não! Podemos dizer que de certo modo, a culpa é dos dois. A mídia trabalha com matérias que interessem ao leitor, ao telespectador, procurando informar o público com notícias que realmente interessam ao público que ela remete. Já os pugilistas, na maioria das vezes, não tem gabarito suficiente para treinar, lutar e crescer em alto nível no Brasil. Infelizmente, a situação do nosso boxe está indo de mal a pior. Para quem ainda tem fé que isso melhore, eu digo: "É sempre bom sonhar!" Eu, sou um desses tantos que sonha com dias melhores. Precisamos de um campeão mundial. Mas, quem poderá conquistar tal posto? Acelino Popó Freitas provou que com garra, disposição e vontade de vencer, se sobressaiu as dificuldades encontradas no meio pugilistico brasileiro. É bem verdade, que o investimento é pouco, também é pouca a divulgação, mas na maioria das vezes, não podemos apenas penalizar a mídia, a imprensa por isso. Temos que entender que ela só irá falar de algo que realmente interesse e tenha valor para o público. Escrever por escrever não é rentável. Eu, por muitas vezes culpei a maioria da mídia pela decadência do esporte de luvas [Boxe], mas ao longo dos anos venho percebendo que ela não é única culpada. Quando Popó estourou, sendo um fenômeno, um verdadeiro furacão, que por onde passava deixava um rastro de destruição sobre seus adversários, a mídia logo tratou de reportar aos leitores e amantes de boxe os seus feitos, dentro e fora do país. Emissoras de TV aberta, como a Rede Globo, tratou de investir no baiano, que conquistou 4 cinturões mundiais para o nosso boxe. Após a sua aposentadoria, ninguém mais no cenário nacional figurou entre os principais pugilistas do mundo. Isso faz com que ninguém se interesse pelo esporte. Precisamos formar campeões, novamente, para que a mídia volte a escrever sobre o esporte que tanto amamos. Os jornais, revistas, emissoras de TV, seja ela à cabo, por assinatura ou mesmo aberta, são empresas, por isso, não podem comprar qualquer produto. Acho que vocês me entendem, não é! Se elas não tem um bom produto para vender, não vão investir em produtos que não lhe trarão nenhum tipo de renda. Para jornais, revistas, TVs, rádios e tantos outros meios de comunicação, como a própria internet, por meio de portais, não só os pugilistas, mas todas as coisas que vendem, não passam de produtos. Ninguém se interessa por produtos que não tem valor comercial, sobretudo empresas. É assim que funciona e, não adianta dizer que não é desse jeito! Por de trás de um jornal há um patrocínio. Por de trás de um emissora de televisão, seja ela aberta ou fechada, tem que haver patrocínio. Programas esportivos e mesmo sites, necessitam de patrocínio para divulgar seu trabalho. Agora, pensem comigo: "Como patrocinador de um desses meios de comunicação, você investiria em algo que você sabe que não tem valor de mercado?" Eu creio, que se você é uma pessoa sensata, irá responder que "não". Investidores só investem no que lhes trará lucro de alguma forma. Sem lucro é impossível que alguém pense em investir em alguma coisa. Também é verdade que existe uma parcela de culpa que deve ser direcionada ao governo federal, pois deixa de investir em esportes, para investir em coisas, que não é bom nem falar. Formar profissionais capacitados é uma responsabilidade do governo. Isso passa pela formação escolar, que diga-se de passagem, o ensino público está indo de mal a pior, baseando-se em estatísticas políticas, para fundamentarem suas desculpas. Boa parte do nosso povo não tem direito a educação de qualidade, não tem direito à um boa saúde, sem falar na remuneração, que é uma vergonha. Enquanto o salários de deputados e senadores aumentam tanto, que a declaração do imposto de renda tem que ser investigada, o pobre tem que se virar para sustentar sua família, com míseros R$ 545,00 mensais. Quando há investimento em esporte, se investe onde capitaliza mais, não apenas para formar cidadãos, mas para gerar lucros ao próprio governo e emissoras de televisão, que é o futebol. Se ouve falar em quinhentos bilhões investidos em estádios que serão usados apenas uma vez, não passando de "elefantes brancos". Enquanto uns esportes recebem grandes investimentos por parte do governo, o boxe vem sendo desprezado durante anos. O máximo que se faz é criar projetos sociais. Esses, quando ainda são criados, são de iniciativa de alguns ex-pugilistas e treinadores que tentam fazer alguma coisa pelos nossos jovens, atitude essa, que o governo deveria tomar. A verdade por de trás do nosso boxe é que falta investimento, bons valores e divulgação por parte dos veículos de mídia televisiva, escrita e virtual. Essa é a grande verdade! Dê sua opinião! Acesse o nosso Twitter: http://twitter.com/boxingmagazine e mande sua mensagem para: @boxingmagazine. Ou, clique em "Comentários", logo abaixo da postagem e deixe sua opinião.
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