Autor: Michel Alvarenga
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SISTEMA PAY-PER-VIEW: “PROIBIÇÃO AO BOXE DE QUALIDADE AOS VERDADEIROS FÃS!” PRINCIPAL CULPADO: “TV ABERTA”
Há muito tempo que venho tentando escrever sobre esse assunto, no entanto não obtive êxito, ao menos até agora. Sei que o que irei dizer nesse momento é polêmico, mas o que me importa é revelar uma verdade que muitos fecham os olhos para não vê. O sistema de Pay-Per-View – Pague-Para-Ver, é realmente a melhor forma de se assisti boxe qualidade? Sim, atualmente é! Isso se deve ao fato das emissoras de TV aberta, não valorizarem um esporte tão apreciado pela maioria dos fãs de lutas em todo mundo. Porque escrevi que é uma “proibição ao boxe de qualidade”, bom vou responder sua pergunta! Pense num pai de família que ganha R$ 1.000 mensal – colocando por cima - tem 2 filhos e uma esposa para sustentar. Onde uma pessoa ganhando esse valor por mês terá condições suficientes de assinar um canal de TV por assinatura, que além de cobrar pela assinatura do canal, ainda cobra pelas melhores transmissões dos melhores eventos? É realmente uma vergonha, nenhuma emissora de TV aberta investir num esporte tão capitalizado em TVs por assinatura e nos canais transmitidos por ela. Você paga a assinatura, atualmente, dependendo da operadora de TV por assinatura, uma média de R$ 50,00, paga mais R$ 50,00 pelo canal onde são transmitidas as lutas e por fim, os melhores eventos que esse canal transmite é em sistema de Pay-Per-View – Pague-Para-Ver, que em média cobra em torno de R$ 30,00, dependendo da luta que for transmitida, ainda mais em caso de disputa de título mundial. Somando os três valores, teríamos a soma numa quantia de R$ 130,00 mensais. Aqui é que está à inteligência de algumas emissoras, como a maior do Brasil, que através de seus canais por assinatura, criou um canal de transmissão de lutas de MMA, “a sensação do momento” e de boxe. Não sei se isso realmente é inteligência. A maioria dos fãs de lutas não são pessoas de classe média alta, mais os de classe média baixa. Hoje uma família de classe média baixa, ganha em torno de no máximo R$ 800,00 para sobreviver. Esse dinheiro vai para alimentação, luz, vestuário, gás, tratamento dental, escola dos filhos, transporte e etc.; agora pense comigo: “Se a maioria dos telespectadores estão nessa faixa e muitas vezes mal conseguem sobreviver com o salário miserável que o governo aprova, como poderão assinar um canal por assinatura para assistir suas principais programações, se o seu pagamento mensal mal dá para pagar as contas do mês?” Agora, sabendo que os principais telespectadores são de classe social e que os mesmo não tem condição de assinar TV por assinatura, canais cobras e eventos em Pay-Per-View, acho que seja uma burrice que as TVs abertas, não parem para perceber o quanto de IBOPE estão perdendo se esses eventos fossem transmitidos em cadeia nacional! Perdoe-me a sinceridade, mas eu jamais deixarei de dá uma condição melhor a minha família, para ser egoísta, assinando um canal de TV por assinatura e pagando um evento em Pay-Per-View para somente satisfazer minha necessidade de fã. É realmente um absurdo. E como falei no começo... Os principais culpados são as TVs abertas. As emissoras tem medo de investir em algo que pode não dá o retorno esperado, por isso criam um canal de TV por assinatura e juntamente com os empresários de boxe e empresas do ramo, começam a patrocinar a venda dos direitos da luta apenas em sistema Pague-Para-Ver. Creio que se fizessem uma pesquisa de campo, só aqui no Brasil, entenderiam o tamanho da força que o boxe tem nesse país. Se vê programa de tudo que é tipo, mas não vê um programa de boxe. Agora a rede de TV aberta, Record, transmitirá algo do gênero, através do programa Sparring Nota 10. Mas é só isso que temos a nosso favor! No mais a ESPN Brasil e a ESPN nos mostram lutas no programa Friday Night Fight, que vai ao ar na maioria das vezes as sextas-feiras, entretanto, não são programações de tanta qualidade no que tange ao boxe profissional; apenas algumas disputas de títulos mundiais, mas apenas algumas e nos pesos pesados. Fora isso o que se pode ter a favor do boxe. Estamos na curva decrescente e um fato, e o principal fator ou melhor dizendo, o fator preponderante para que isso esteja acontecendo, é o desprezo com que as emissoras de TV aberta tratam, não apenas o nosso boxe, mas a nobre arte em geral.
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Michel Alvarenga
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