ONDE ESTÃO OS NOSSOS?

Data: 30/03/2010

Fonte: Boxing Magazine

Autor: Michel Alvarenga

ONDE ESTÃO OS NOSSOS?

O Brasil sempre foi um celeiro de campeões. No futebol, no vôlei, no basquete e em tantas outras modalidades esportivas, o Brasil tem representantes a altura. Mas já faz muito tempo, desde Acelino "Pópó" Freitas, que não vemos um dos nossos pugilistas a nível internacional. As bolsas são baixas, as dificuldades encontradas para encontrar patrocinadores e tantas outras, são encontradas em nosso país.

É bem verdade que são poucos os pugilistas que ganham bolsas altas em nosso país. Até porque, muitos deles não tem um nível inspirador em suas lutas.

Ainda estamos a procura de um grande campeão que nos inspire com seus nocautes, suas vitórias, seu cartel, sua técnica, agressividade e humildade. Estamos longe de conseguir tal feito.

O boxe no Brasil não é bem aceito por algumas entidades. Na verdade algumas delas chegam a ridicularizar a modalidade que é tão boa quanto o futebol.

Não estou generalizando e dizendo que não existem bons pugilistas em nosso país. Existem! O que estou dizendo, é que falta um que vá além do "bom", além do normal, além do que foi programado.

Queremos um que nos faça sentar na frente da televisão, ainda que seja 04hs da madrugada, para assistir suas lutas, vibrar com sua entrada no ringue e gritar de alegria após vê-lo nocautear seu oponente.

Falta investimento, falta compromisso, falta interessados.

O milionário mundo do boxe internacional, fica apenas em sonho na mente de nossos pugilistas e de nós, expectadores.

Falta apoio das emissoras de tv's para que haja transmissão em cadeia nacional.

Enfim, penso que seria quase um milagre, aparecer um pugilista que seja reconhecido em nosso Brasil, com fama internacional.

Éder Jofre, Servilho, Miguel de Oliveira, George Arias, Acelino "Pópó" Freitas, Adílson Maguila Rodrigues, Pedro Ota e tantos outros fazem parte do legado do pugilismo brasileiro, mas esperamos que um bom peso-pesado apareça novamente, para nos levar ao delírio com suas vitórias.

Existe um clamor, uma comossão nacional por isso. Tenho certeza que este seria o desejo de milhares de expectadores, que assim como eu, amam este esporte que nos faz ver o quanto se pode ser vitorioso. Não apenas em meio a lutas e conquistas, mas na perda com dignidade e humildade para reconhecer suas debilidades.

Acho realmente que muitos por aí, assim como eu, pensam que não mais existirá em cadeia nacional as lutas que desejamos ardentemente assistir, mas sei de uma coisa: Aparecerá um pugilista em nosso Brasil, daqui há algum tempo, que fará com que até as grandes emissoras brasileiras, se curvem ante seu talento e sua personalidade. Será um verdadeiro demolidor, um devastador, vestido com o manto verde e amarelo, colocando o nosso pugilismo novamente, no lugar mais alto do boxe.

O comprometimento dessas palavras que acabei de falar, é um breve relato do que está por vir. Ainda que os mais críticos não acreditem, ou lutem, para que isso não venha acontecer. Um furacão vigoroso está vindo aí, e não é para destruir as cidades brasileiras, mais para construir um verdadeiro marco na história da arte de boxear.

Os ringues voltarão a testemunhar as lutas memoráveis que teremos em nosso país. As cordas que os pugilistas usam como apoio, para descansar dos golpes dados pelos boxeadores, terão o ernome prazer em sentir as gotas de suor derramadas pelas transpiração dos corpos cansados dos desportistas. Não haverá um lugar vazio nas arquibancadas, ou melhor, não haverá arquibancada que suporte tanto público expectador assim. Até mesmo o monumental estádio do Maracanã, não será suficiente para que todos os expectadores testemunhem a ascensão e o crescimento deste fenômeno. Pessoas aos milhares, sonharão com o dia que poderão pegar um autógrafo, sentir um aperto de mão, ou até mesmo um simples aceno.

Nós esperamos Brasil...

Fonte: Boxing Magazine - O Magazine do Boxe

Autor: Michel Alvarenga